Eliane Gallo
Heterotopia, título das duas obras da artista, é um conceito elaborado por Foucault, que define um espaço simultaneamente físico e imaginário. Nelas, Eliane Gallo tece e trama novas materialidades, nas quais tecido, objeto, cor e movimento se apropriam do espaço em que estão. A memória é um ponto recorrente de sua produção, muito ligada a sua avó, uma artesã, Eliane traz o círculo como imagético feminino dialogando com cores carnais e a materialidade da instalação como tecelagem, complementando a trama com seu uso de materiais que refletem, os quais a artista define serem como espelhos “espaços que não existem.”