GIL

GIL

Gilberto Alves Gomes (São Bernardo do Campo - 1960) é um artista visual que transita entre a escultura, a pintura e o desenho. Suas obras retratam a figura humana a partir de suas investigações artísticas no campo do sagrado, da mitologia e dos arquétipos, sempre com um olhar atento às questões que circunvizinham o corpo na contemporaneidade.

Sobre as obras
DECIFRA-TE!

A obra DECIFRA-TE! faz parte da produção mais recente do artista GIL e é representativa da sua narrativa inspirada em temas míticos, sagrados e contemporâneos, tendo o corpo como elemento central, sempre utilizando as mais diferentes técnicas e processos artísticos.

Após vários anos de estudo de materiais tão variados como a argila, a cerâmica, o mármore o bronze e mais recentemente o papelão, o artista vive uma fase predominantemente voltada à escultura, o que invariavelmente o faz caminhar também pelo desenho e a pintura durante a produção de suas peças.

Na escultura os volumes o fascinam, e o instigam o sem fim de possibilidades que podem ser captadas pelo olhar do observador, o desafio de retratar o corpo, sua expressão e seu gestual, o movimento impresso na cena escultórica e o prenúncio do movimento seguinte, na sede do artista em criar, contar histórias, se conectar e, eventualmente, tocar as pessoas com sua arte.

Na obra DECIFRA-TE! a escultura é feita de papelão, ou “cardboard”, um novo material nos experimentos do artista, abundante e reciclável, que exige o máximo de habilidade na sua contínua busca pela expressividade da figura humana.

DECIFRA-TE! é a leitura do artista para uma esfinge, o terrível monstro com cabeça de mulher, corpo de leão e asas, que questionava os viajantes de Tebas com enigmas, devorando-os caso não oferecessem a resposta correta.

DECIFRA-TE! é também uma obra interativa na medida que propõe ao visitante que desvende um enigma sobre Mitologia, testando seus conhecimentos sobre mitos e lendas. Mas caso não saiba a resposta do enigma não será devorado como no mito!!

Podendo simplesmente encontrar a resposta no website do artista, receber uma pitada de conhecimento mitológico e conhecer um pouco mais sobre seu trabalho.

Diferentemente do mito original no qual Édipo respondeu corretamente ao enigma proposto pela Esfinge sob a ameaça de “Decifra-me ou te devoro!” a releitura do artista propõe a introspecção e o mergulho no seu próprio eu, não com uma ameaça, mas com uma recomendação: “Decifra-te ou se devore!”.

O símbolo na testa da esfinge é o Olho Esquerdo de Hórus e simboliza o feminino, os sentimentos, a intuição e a capacidade de enxergar o lado espiritual.